15 de julho de 2008

Palavras com cor.

A curiosidade perdeu-me. Não quero saber. A música que dança aos meus ouvidos já não me interessa. Dizem que ando louca. La porque trago o chapéu amarelo a cobrir-me as costas e não a aconchegar-me a minha frágil cabeça. Lá porque a guitarra me enche o coração e não me aperta os dedos. Lá porque do meu olhar crescem flores e não nasce a luz do dia. Lá porque... Dizem que ando louca. Não quero saber. Vou tirar uma fotografia àquela árvore, que sabe que não nasceu numa praia. É louca, decerto.

13 de julho de 2008

Qual é o acorde da tua alma?

Nas linhas da minha mão escrevo o nome da tua alma, e imagino-a, funda e amarga, presa nas minhas muitas paredes. Sopra o primeiro grito mal se apagam as estrelas do céu, e assim fica, até que o vento quente da noite pinte o amarelo da lua. Aí, pára de gritar, escondendo a sua vida secreta e fugitiva. No silêncio cortante da noite, sonha e esquece as linhas da tua mão, onde pousa o nome da minha alma. Sonha e esquece o acorde agudo da minha alma, que por tantas vezes foi tocado pelas linhas marcadas da tua mão.