9 de março de 2006

São grandes. São demasiado grandes!

Ah, ah.

Os Placebo lançam novo álbum na próxima Segunda-feira, dia 13 de Março!!
E vêm cá! Eles vêm cá!!!
O único desejo que não dependia de mim, está em vias de se realizar.
E agora..
... tudo depende de mim.

E..?

Já lá estou.

SBSR- 26 de Maio de 2006



cego, mudo, surdo.. genial!



Ouvindo:
Portishead- Biscuit

Nunca mais!

Quando ainda estava frio:

O dia ía correr mal. Eu sabia disso. Sempre soube. Saí. Dei de caras com o vizinho. Disse bom dia com o maior sorriso do mundo. Não fui correspondida. O vizinho, que até costuma ser simpático, resmongou um baixo ' Olá, Ana.' . A minha cabeça preparava-se para começar a insultá-lo, quando reparei que todo ele era preto. Sabes, o preto não devia existir. O preto é tão triste! Olhei para trás e assustei-me. Conhecia aquela situação e sabia que não era, de todo, nem um bocadinho agradável. Fiquei triste. Nem sequer pensei que o meu sorriso lhe podesse ter feito bem. Olhei para trás uma última vez: estava estático a olhar para as flores do nosso jardim. Segui em frente. Chorei. Não consegui limpar as gotas de lágrimas, que escorregavam lentamente pela minha face. Tinham congelado. O vento frio que corria apressado na direcção oposta à minha, corroia-me a pele. E congelou as minhas lágrimas. Não consegui limpá-las. E chorei o resto do dia sem parar. Não havia forma de parar. Quanto mais chorava, mais vontade tinha de chorar. Sorriam e eu chorava. Brincavam e eu chorava. Conversavam e eu chorava. Comiam e eu chorava. As lágrimas que não paravam de escorrer pela minha triste face, foram, naquele dia, o meu vício. E o vício não me largou durante todo o dia. De regresso a casa, reparei em algo brilhante caído no chão. Baixei-me, interessada. Era uma lágrima. Uma lágrima congelada. Sorriu-me e disse-me para não me preocupar. Disse-me, divertida, que conseguiu encerrar todas as minhas lágrimas dentro dela. Disse-me que nunca mais irei chorar. Disse-me ainda que vou, para sempre, fazer os maiores sorrisos do mundo. E os mais bonitos, também.
E eu acreditei, pois então!

(...)




E não é que foi mesmo verdade?
Nunca mais chorei, acreditas?


Ouvindo: The Gift- Cube